O Hospital Santa Luzia é referência para atendimento aos municípios da microrregião que inclui de Capão da Canoa, Xangri-Lá, Maquiné, Terra de Areia e Itati, recebendo cerca de 4.800 atendimentos de urgência e emergência mensalmente. Além do pronto atendimento, oferece exames externos de ecografia, endoscopia, tomografia, mamografia e raio X, resultando em um grande trânsito de pacientes no hospital diariamente.

Fachada do Hospital Santa Luzia
Por mês, são realizados cerca de 4.800 atendimentos no Hospital Santa Luzia. Foto: Comunicação/AESC.

Para organizar o fluxo, o hospital conta com um sistema de classificação de risco, em que um profissional qualificado atende e avalia o paciente no acolhimento, encaminhando para o local adequado em cada tipo de atendimento. Esta classificação acontece pelo sistema de classificação de risco, utilizando cores para melhor direcionar o paciente ao correto atendimento.

Classificação de risco

A partir do primeiro contato do paciente com a equipe de enfermagem no pronto atendimento, é feita uma classificação de acordo com o risco e os sintomas apresentados na triagem, que também vai determinar os casos de emergência e urgência. As cores variam pela gravidade, indo do vermelho (gravíssimo) ao azul (não-urgente).

Existem cinco possibilidades de classificação no total, de acordo com o Protocolo de Manchester. São elas:

  • Vermelho – emergência, com risco iminente de vida, deve ser atendido imediatamente
  • Laranja – muito urgente, com risco significativo de evolução para morte, deve ser atendido o quanto antes
  • Amarelo – urgente, sem risco imediato de vida, mas necessita de atendimento médico
  • Verde – pouco urgente, pode aguardar o atendimento médico ambulatorial ou ser prioridade em uma unidade de atenção básica
  • Azul – sem gravidade, deve ser encaminhado ao atendimento da unidade de atenção básica

Entre os tipos de unidade de saúde, estão disponíveis à população geral, através do SUS, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), e as emergências dos hospitais públicos. A Associação Educadora São Carlos (AESC) mantém dois hospitais com atendimento público via SUS no litoral, sendo o Santa Luzia (Capão da Canoa) e o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (Torres). 

Urgência e emergência: quais são as diferenças?

Erroneamente, as duas palavras são usadas como sinônimos no conhecimento popular, mas diferem em gravidade e intensidade dos sintomas, e no quanto a situação representa risco para a vida do paciente.

Na emergência, o risco de os sintomas evoluírem para morte é alto, e deve receber atenção médica imediata. Já na urgência, ainda que também seja grave, é entendido que não existe risco imediato, mas se a situação não for controlada, pode representar perigo em breve.

A diferenciação é necessária, justamente, para controlar o fluxo nos hospitais e unidades de pronto atendimento, e garantir que todos recebam atendimento o quanto antes, de acordo com a estrutura do local e a equipe disponível.

Algumas situações para entender cada caso:

Emergência:

  • Acidentes automobilísticos e atropelamentos
  • Acidente elétrico
  • Cortes profundos e hemorragias
  • Dores fortes de cabeça, peito e tonturas (que representem risco de AVC ou infarto)
  • Intoxicação alimentar severa ou medicamentosa

Urgência:

  • Fraturas e torções
  • Transtornos de origem psiquiátrica
  • Vômitos frequentes (com menos de 12 horas de intervalo)
  • Febre acima de 38 graus constante
  • Crises intensas de asma e outras doenças respiratórias

Buscar ajuda médica profissional, sempre que necessário, garante melhores chances para recuperação, e ir ao local adequado para cada tipo de caso previne que haja uma espera muito longa, além da atenção no atendimento. Quanto mais assertivo for o primeiro contato, melhores serão os resultados do tratamento.

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