Em 2020, diversas áreas da medicina foram diretamente impactadas com chegada do novo coronavírus ao Brasil. Entre elas, a Radiologia teve um papel essencial, desde o princípio, para fazer o diagnóstico das alterações pulmonares e acompanhar os efeitos do tratamento. No Hospital Santa Luiza, mantido pela Associação Educadora São Carlos (AESC), o médico radiologista Armando de Abreu é referência na área e destaca o preparo dos profissionais em todo país no enfrentamento à pandemia.
“Como o surto de coronavírus se deu de forma inicial na China, a partir dos primeiros casos foram feitos estudos com tomografia computadorizada. Quando a Covid-19 chegou ao Brasil, os radiologistas já estavam preparados para atuarem de forma efetiva na detecção e controle de tratamento desta doença. O desafio é estar sempre presente no enfrentamento dessa pandemia, com a realização de exames logo nos primeiros sintomas para avaliar o grau de comprometimento pulmonar, eventualmente cerebral e acompanhar a evolução do tratamento da doença”, alerta o médico.
“Quando a Covid-19 chegou ao Brasil, os radiologistas já estavam preparados para atuarem de forma efetiva na detecção e controle de tratamento desta doença.”
Dr. Armando de Abreu, radiologista no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, e no Hospital Mãe de Deus, ambos mantidos pela AESC
Muito além de um Raio X
A Radiologia é uma especialidade ampla e extensa de diagnóstico por imagem que utiliza diferentes métodos e diferentes equipamentos, como a radiografia simples, o Raio X convencional (RX simples), a ultrassonografia, a Tomografia Computadorizada, a Ressonância Magnética, a Angiografia (arteriografia), a Medicina Nuclear (cintilografia) e a PET-CT. Dr. Além disso, a especialidade médica possibilita intervenções terapêuticas sob controle de imagem, chamada de Radiologia intervencionista. O Dr. Armando de Abreu ressalta que “com todos esses métodos a radiologia interage de forma muito intensa com todos os outros profissionais da área da saúde, possibilitando diagnósticos, tratamentos e acompanhamento dos efeitos da terapêutica através de controle de imagem, como também exames pré-operatórios para planejamentos cirúrgicos”.
Evolução tecnológica
Durante muitos anos, foi utilizada somente a radiografia convencional, popularmente conhecida como Raio X. Nos últimos anos, esclarece Dr. Abreu, surgiram novas tecnologias de diagnóstico por imagem, especialmente a Tomografia Computadorizada, a Ressonância Magnética e a PET-CT. “A chegada da informática, aliada aos diferentes equipamentos de radiologia, acrescentaram um grande avanço no diagnóstico por imagem das diferentes e variadas doenças cerebrais, torácicas, lesões na coluna vertebral e no abdome. A Tomografia e a Ressonância trouxeram grande avanço no diagnóstico por imagem nas doenças cerebrais e na traumato-ortopedia”, esclarece o médico, que tem mais de 40 anos de experiência na área.
Atendimentos no Hospital Santa Luzia
O radiologista está presente durante todo o dia no Hospital Santa Luzia, realizando exames solicitados pelos médicos que atendem na Emergência. Um exemplo é quando o paciente entra no Hospital com traumatismo grave, comprometimento da coluna e do crânio. Logo são realizados exames de Raio X e Tomografia Computadorizada para avaliar a eventual existência de hematoma cerebral e hematoma medular, tudo com alta precisão diagnóstica. O paciente é avaliado pelo radiologista, que constata as alterações e encaminha para o cirurgião, caso necessário. Eventualmente, se a pessoa atendida for operada, novos exames são realizados para acompanhamento da evolução do estado de saúde.
Dia do Radiologista
Em 8 de novembro, são celebrados o Dia Internacional da Radiologia e o Dia Nacional do Médico Radiologista. Nessa data, no ano de 1895, o físico alemão Dr. Wilhelm Conrad Roentgen, descobriu os raios X. Depois de aperfeiçoar sua descoberta, Roentgen recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1901. No Brasil, a Lei 13.118, de 2015, instituiu o Dia Nacional do Médico Radiologista a ser comemorado, anualmente, em todo o território nacional.