Os principais acontecimentos e resultados obtidos pela Associação Educadora São Carlos (AESC) no campo institucional e em suas unidades de Saúde, Educação e Responsabilidade Social estão presentes no recém-lançado Relatório 2013-2020: construção coletiva para novas conquistas. A publicação, disponível para acesso online, traz a síntese das entregas mais relevantes da atual gestão, que se encerra no próximo dia 31 de dezembro, tendo à frente a diretora-presidente Irmã Elena Ferrarini, a diretora-vice-presidente Irmã Nadir Contini e a diretora-financeira Irmã Valdéres Bergozza.
O conteúdo destaca o período em que a Instituição passou por mudanças significativas, iniciadas anos antes, por meio do Planejamento Estratégico. As escolhas tiveram o suporte de consultorias e foram definidas de forma coletiva, permitindo redesenhar os rumos da organização e projetá-la para o futuro, adotando novas práticas de gestão e governança alinhadas aos valores e princípios da Congregação das Irmãs de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas, responsável pela AESC desde a sua criação, em 1962.
“Temos uma caminhada histórica: 125 anos de Congregação e quase 60 anos de AESC. Percebemos que poderíamos ter uma gestão inovadora, participativa, criativa, vendo as oportunidades, adotando práticas de uma boa governança. Tudo isso vem ao encontro de um futuro bem mais brilhante para a AESC. Queremos deixar esse legado.”
Irmã Valdéres Bergozza
Diretora-Financeira
A Congregação mais presente
Com unidades de negócio em seis cidades do Rio Grande do Sul, a AESC conta com aproximadamente 4 mil profissionais. A organização mantém quatro hospitais (um privado e três públicos), quatro centros de atenção psicossocial e três colégios, além de um centro dedicado à responsabilidade social, alcançando mais de 200 mil pessoas por ano. A integração desses agentes é um dos resultados que se materializou no trabalho realizado ao longo das últimas gestões.
Para atingir uma meta estabelecida ainda em 2010, foi essencial que os encontros para tomada de decisão migrassem de Porto Alegre, onde o foco era centrado área da Saúde, para serem assumidos e coordenados pela Diretoria da AESC, em Caxias do Sul, sede da mantenedora. Com isso, tonou-se possível fortalecer o carisma congregacional, ou seja, os valores que movem a Instituição.
“O que a Congregação já vivia, foi trazido mais presente e expandido para toda a AESC. Os valores foram explicitados para todas as nossas unidades. A AESC é uma pessoa jurídica que existe há muitos anos e tem por trás uma Congregação. Colocamos esse compromisso no papel para as irmãs e para todos que trabalham conosco.”
Irmã Elena Ferrarini
Diretora-Presidente
A integração das áreas
Com o processo decisório em Caxias do Sul, a capital Porto Alegre passou a viabilizar a integração e a sinergia institucional. O Centro de Serviços Compartilhados, instalado a partir de 2017 no Escritório Administrativo de Atividades da AESC, no Edifício Trend City Center – Torre Corporate, reuniu processos antes dispersos nas unidades, como RH (hoje Gente e Desenvolvimento), Contabilidade, Compras e Finanças, além de criar e estruturar outros que não alcançavam a totalidade dos segmentos, como Jurídico, Tecnologia e Soluções, Compliance, Controladoria e Comunicação Corporativa. Além disso, tudo passou a ser pensado e planejado para todas as unidades da mantenedora.
“A mudança não foi só conosco. A legislação do país também mudou muito nesse período. Essa mudança, como entidade jurídica, para adequação aos processos, foi muito desafiadora para nós. Nunca faltaram comunicações com nossos superiores da Congregação. Esse intercâmbio nos ajudou, pois recebemos orientações das quais precisávamos.”
Irmã Nadir Contini
Diretora-Vice-Presidente
A condição filantrópica
Um fator decisivo para as mudanças promovidas na última década na AESC foi a legislação. Em 2009, entrou em vigor a Lei Federal n° 12.101, conhecida como a Nova Lei da Filantropia. Cumprindo todos os requisitos, foi possível solicitar o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), no caso da AESC, abrangendo as áreas de Saúde e de Educação, nas quais estão as ações com maior impacto social. Ao todo, os hospitais Santa Ana, na Capital, Santa Luzia, em Capão da Canoa, e Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, dispõem de 368 leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os colégios São Carlos, em Caxias do Sul, Nossa Senhora de Lourdes, em Farroupilha, e São Carlos, em Santa Vitória do Palmar, oferecem bolsas integrais e parciais, ampliando o acesso à educação para as comunidades onde estão inseridas.
Enfrentamento à pandemia
Os esforços empreendidos para a reestruturação da AESC nos anos que precederam 2020 se mostraram acertados no momento de maior prova às organizações e à humanidade no século 21: a pandemia do novo coronavírus. Os dois segmentos com o maior número de profissionais e pessoas atendidas estão entre os mais impactados – Saúde e Educação –, mas equipes dessas áreas puderam se concentrar exclusivamente em suas atividades-fim, contando com o suporte do Escritório Administrativo de Atividades, em Porto Alegre, por meio do Centro de Serviços Compartilhados (CSC).
“Preparamos os modelos assistenciais do Hospital Mãe de Deus e dos Hospitais do Segmento de Saúde Pública para lidar com a Covid-19 em tempo recorde. Mobilizamos nossas equipes de saúde, educação e área administrativa e, também, buscamos a liquidez financeira da AESC para que todas as unidades permanecessem funcionando, e médicos, colaboradores e prestadores de serviço tivessem algum grau de segurança financeira. Por esses e outros motivos, acredito que 2020 foi um ano excelente, por adotarmos uma postura proativa frente aos desafios impostos, e tenho um orgulho colossal das pessoas que estiveram em nossa linha de frente.”
Fernando de Barros Barreto
Superintendente-Geral da AESC
Nova Diretoria é eleita
No próximo mês de janeiro, a AESC abre um novo ciclo com Diretoria eleita em assembleia no dia 14 de dezembro. A gestão 2021-2023 é composta pela Irmã Lucia Boniatti, como diretora-presidente; pela Irmã Elena Ferrarini, como diretora-vice-presidente; e pela Irmã Lourdes Terezinha Barbieri, como diretora-financeira. O perfil das novas lideranças e suas projeções para a Instituição serão divulgados no início do novo mandato.