Começou neste domingo (12) e segue até 19 de junho a 37ª Semana do Migrante. Com o tema Migração e Saberes e o lema Escuta com Sabedoria e Ensina com a Prática, o período será um momento de refletir sobre como a inserção dos migrantes em novas realidades proporciona novas aprendizagens e de como, no espaço entre o escutar e o falar, pode ocorrer um enriquecimento recíproco.

O Centro de Atendimento ao Migrante (CAM), em Caxias do Sul, assim como em anos anteriores, engaja-se na programação. E, em comum com o enfoque da 37ª Semana do Migrante, buscará refletir sobre histórias de migração e refúgio, demonstrando que migrar e se refugiar é um direito humano, que deve ser realizado de forma segura, ordenada e regular. Para isso, realiza a live “Migrar é um Direito: Histórias de Integração”.

Será um encontro mediado pelo advogado de migrações do CAM, Adriano Pistorello, com sete imigrantes convidados que hoje moram em diferentes partes do país. Eles dividirão suas histórias de vida em um bate-papo que ocorrerá das 19h às 21h, em 17 de junho, com transmissão online pelo canal no YouTube das Irmãs Missionárias Scalabrinianas. A atividade é aberta a todos os interessados.

ANOTE AÍ

Live “Migrar é um Direito: Histórias de Integração”

Quando: 17 de junho, das 19h às 21h

Onde: canal do Youtube das Irmãs Missionárias Scalabrinianas – /bit.ly/livemigrar

O evento é uma parceria da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu Scalabrinianas, do CAM e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade De Caxias do Sul (UCS).

Conheça os convidados

ABDULBASET JAROUR

Nascido em Alepo, na Síria, é uma liderança internacional pela causa da migração e do refúgio. Naturalizado brasileiro, o ativista chegou ao Brasil em 2014 como refugiado de guerra e instalou-se em São Paulo (SP), onde reside até hoje. Artista, administrador, empreendedor e conferencista, é engajado em projetos de cunho socioculturais. Atualmente, cursa Direito no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em São Paulo. 

ALBERTO J. F. NAVARRO

Vendedor internacional, o venezuelano Alberto J. F. Navarro mora hoje em Juiz de Fora (MG), onde, aos 26 anos, cursa Jornalismo na Universidade Federal da cidade. No Brasil desde 2016, é representante dos migrantes na cidade.

HIORDANA BUSTAMANTE

Migrante boliviana de origem Quechua, 41 anos, chegou ao Brasil no ano de 2011, morou na cidade de São Paulo por 10 anos e, atualmente, reside em Marília (SP). Formada em psicologia na Bolívia e em Serviço Social no Brasil, no momento é doutoranda do Programa de Psiquiatria e Psicologia médica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), além de consultora externa do Instituto Matizes. 

MUSTAFA GÖKTEPE

Residente no Brasil desde 2004 e naturalizado brasileiro, Mustafa Göktepe nasceu na Turquia. É fundador e presidente do Instituto pelo Diálogo Intercultural (antigo Centro Cultural Brasil-Turquia), uma ONG brasileira que realiza trabalhos acadêmicos, culturais e sociais. Além de professor visitante sobre temas como língua e cultura turca em diferentes universidades do país, atua como tradutor juramentado (ADHOC) de idiomas turco-português na Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) e Junta Comercial do Distrito Federal (JCDF). É sócio-proprietário da rede de restaurantes turcos Lahmajun – Delícias Turcas, em São Paulo.

PAULO CHAVONGA

Artista plástico, produtor cultural, grafiteiro, muralista, arte educador e professor. Angolano de 24 anos, nascido na província de Benguela, Paulo vive hoje em São Paulo (SP), onde é coordenador do coletivo Conexão Angola Brasil. Chegou ao país aos 19 anos, em 2017. No momento, sua exposição “Rostos Invisíveis da Imigração do Brasil” no Museu do Imigrante, em São Paulo. Site: paulochavonga.com

SERIGNE BAMBA TOURE

Ativista social e engenheiro de automação industrial, Serigne nasceu em Dakar, no Senegal. Além de microempresário em Porto Alegre, onde mora, é liderança senegalesa local.

YOLIS LYON

Liderança indígena venezuelana e poeta, Yolis é graduada em Comunicação Social pela Universidad Católica Andres Bello (UCAB). Já atuou como trabalhadora humanitária em Pacaraima, em Roraima, como tradutora e assessora na Secretaria Estadual de Assistência Social do Amazonas (SEAS) e como tradutora e ponto focal no Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados de Belo Horizonte (MG). Atualmente, é articuladora social na Cáritas de Minas Gerais e atua no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de BH, representando povos indígenas. 

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