A série Missão Itinerante: legados de Madre Assunta, ação da AESC em homenagem aos 150 anos de nascimento da cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas, chega ao terceiro episódio com o tema da Atenção aos Migrantes. A razão pela qual foi criada a Congregação traz os relatos de três irmãs que testemunharam e trabalharam com realidades extremas no Brasil, na República Dominicana e em Moçambique.
Para além da formação profissional – sendo uma irmã educadora e outras duas enfermeiras –, a vocação fala muito mais alto na hora de estar disponível para missões humanitárias internacionais. Assim aconteceu com a Irmã Ana Beatriz Minuscolli, atualmente no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, com a Irmã Marilene Cole, hoje no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, e com a Irmã Mareni Giaretta, responsável pela Pastoral do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.
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Irmã Mareni Giaretta (de jaleco branco), em missão em Moçambique, entre 2002 e 2005 
Irmã Ana Beatriz Minuscolli (de chapéu), na fronteira do Brasil com a Venezuela 
Irmã Marilene Cole, com a assistência em saúde, na República Dominicana, onde viveu de 1991 a 2006
Experiências Transformadoras
Ver mães chegarem com os filhos no colo e sacolas de roupas, sem qualquer amparo, em Pacaraima, fronteira brasileira com a Venezuela, despertou um novo grau de empatia na Irmã Ana Beatriz. “É como seu eu partisse para uma outra região dentro de mim que eu desconhecia”, revela.
Dar suporte na falta de assistência em saúde, documentação e orientação espiritual a haitianos recém-chegados à República Dominicana foi uma das missões da Irmã Marilene. “Um desafio grande, mas uma experiência muito bonita, de ser migrante com o migrante”, descreve.
Ser a única enfermeira em um hospital com mais de 260 leitos, referência para pessoas com tuberculose e HIV, em Moçambique, onde não havia oxigênio nem equipamentos de proteção individual para os profissionais. “É muito amor que a gente vive nesses momentos”, relata Irmã Mareni.
Alojamento para venezuelanos, em Pacaraima 
Área externa de hospital em Moçambique, próximo à fronteira com a África do Sul 
Orientação às famílias haitianas na República Dominicana
Inspiração para a vida
Relatos como esses dão a dimensão o que é estar à disposição, em especial para atuar com os migrantes, causa que originou e mobiliza a Congregação há mais de um século. Essa história teve início em 25 de outubro de 1895, com Bispo Dom João Batista Scalabrini, na Itália, lembrado como “Pai dos Migrantes”. Madre Assunta e seu irmão, Padre José Marchetti, cofundadores e dedicados à mobilidade humana, vieram ao Brasil para o suporte aos emigrantes italianos e, hoje, esse trabalho de acolhida se faz presente em mais de 25 países.
Voltando às Origens
O atual vídeo e os anteriores, sobre Itinerância em Educação e Itinerância em Saúde, fazem parte da celebração a Madre Assunta Marchetti, que em 15 de agosto de 2021 tem seu 150º aniversário de nascimento. Foi migrante com o migrante, e viveu no Brasil até falecer, em 1º de julho de 1948, após dedicar 53 anos de trabalho a doentes, órfãos e à formação de novas religiosas para seguirem seu legado.
Essa série de três vídeos integra o projeto institucional Voltando às Origens, da AESC, que valoriza a espiritualidade, a acolhida e o carisma do fundador da Congregação, Dom João Batista Scalabrini, assumido e vivenciado pelos cofundadores Madre Assunta Marchetti e Padre José Marchetti. Esses elementos são norteadores para as Irmãs Scalabrinianas, atuais e futuras, e para a atuação dos profissionais que trabalham na mantenedora nos serviços de Saúde, Educação e Responsabilidade Social, em 6 cidades do Rio Grande do Sul.