Em 29 de março de 2019, o CAPS AD IV Centro Céu Aberto teve pela primeira vez as suas portas abertas. Este é o primeiro CAPS nesta modalidade a ser inaugurado no Brasil, recebendo usuários de álcool e outras drogas com leitos destinados a atendimentos de crise e acolhimento noturno.

“É extremamente importante esse serviço estar inserido na comunidade, trazendo os usuários aqui para dentro. Nós estamos mostrando que é destinado a eles e que todos contribuem para tudo isso acontecer. O serviço é de porta abertas, podendo buscar atendimento quando houver necessidade”, explica Catia Favreto, coordenadora do CAPS AD IV.

Localizado propositadamente na maior cena de uso de drogas da capital gaúcha, o CAPS AD IV aproxima a equipe de saúde ao ambiente do paciente, acolhendo aquele que dificilmente buscaria atendimento por si só. Além disso, a estrutura ainda conta com médico psiquiatra para atendimento 24 horas e tem em sua retaguarda uma equipe com mais de 60 profissionais.

“A partir do momento em que a equipe traz o usuário para dentro e proporciona para ele uma roda de música, uma oficina de colagem, de escrita, uma programação diferente, isso ajuda a diminuir muito as suas crises. Eles vêm para cá sendo acolhidos de outra maneira, todos já sofrem alguma discriminação na sociedade com muitos ‘nãos’, e aqui eles têm uma escuta diferenciada, onde são acolhidos”, conclui Catia.

A data foi celebrada com a apresentação de um vídeo contando a história do local desde quando ainda era um projeto, além de outras atrações para quem quisesse participar, como roda de samba, pintura e varal solidário.

“Quero parabenizar o CAPS AD IV por esses 5 anos, com mais de 60 profissionais, funcionamento 24 horas e portas abertas. Com essa roda de samba constituída por parceiros, funcionários, usuários, essa é a nossa cara de integração, de união. Esse trabalho não é fácil em virtude de todas as mazelas que a gente vive na sociedade. É muita discriminação racial, de orientação sexual, para quem faz uso de substâncias, para quem mora na rua. Esse é um espaço de acesso a direitos sociais para essas pessoas. Então, nosso propósito, nossa incumbência, nossa missão são sagrados em virtude dessa entrega”, finaliza Lucas Fonseca, Terapeuta Ocupacional.

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